XIII Congresso Brasileiro de Neurocirurgia Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

Traumatismo cranioencefálico por projetil de arma de fogo em população pediátrica: identificação de fatores prognósticos

Objetivo

Identificar fatores prognósticos relacionados ao TCE por PAF.

Materiais e Métodos/Casuística

Os dados de 40 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico no período 2010-2017 em nossa instituiçao foram analisados descritivamente através de frequências absolutas e percentuais para as seguintes variáveis: idade, sexo, localização e trajetória do PAF, ECG Admissao, alterações tomográficas e Glasgow Outcome Scale na alta( GOS). Foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson ou o teste Exato de Fisher. Os dados foram digitados na planilha EXCEL e o programa utilizado para obtenção dos cálculos estatísticos foi o IBM SPSS na versão 23.

Resultados

91,7% da amostra sexo masculino, a idade variou de 8 a 17 anos, a região frontal foi o local de entrada da bala mais frequente, com 44,4% seguido da regiao parietal 30,6% e occipital 22,2%; trajetória penetrante em 47,2% , perfurante / transfixante em 38,9% e tangencial em 13,9%.Foram identificadas as seguintes alterações tomograficas: afundamento (77,8%), contusão cerebral (38,9%) e HSAt (36,1%); ECG Admissão 3-8 pontos em 52,8%dos pacientes, 9 a 12 em 5,6% e 41,7% de 13 a 15. GOS de 1 e 2 em 47,2%; 27,8% foram a óbito e os 25,0% apresentarm GOS 3 e 4 (não favorável ou vegetativo), ou equivalentemente 52,8% foi classificado na categoria 3 a 5

Discussão e Conclusões

O trauma cranioencefálico (TCE) é o principal motivo de morte entre pacientes neuropediátricos, sendo responsável por cerca de 50% dos óbitos entre adolescentes. Entre as causas estão as quedas, atropelamentos, acidentes automobilísticos, agressões e projéteis de arma de fogo (PAF), essas representando cerca de 20% desses casos. Bibliografia reforça que a Escala de Coma de Glasgow (ECG) da admissao e a trajetória do projétil apresentam-se como principais fatores prognósticos. Dos resultados analisados, observou-se que ECG Admissão foi única variável com associação significativa (p < 0,05, OR igual a 6,72 ) com o GOS na alta e para a referida variável se observou que o percentual que teve desfecho ruim ou pobre (3 a 5) foi mais elevado entre os que classificados com ECG na admissão de 3 a 8 do que os que tinham 9 a 15 (73,7% x 29,4%), compativel com a literatura.

Referências bibliográficas

Esposito DP, Walker JB. Contemporary management of penetrating brain injury. Neurosurg Q 19:249-254, 2009

Palavras Chaves

Traumatismo cranioencefálico; arma de fogo; pediatria

Área

Neurocirurgia Pediátrica

Instituições

HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO - Pernambuco - Brasil

Autores

LUIZ SEVERO BEM JUNIOR, THAIS LIMA DA SILVA, TACIANA ANDRADE DE ABREU, JOAO GUILHERME DE LIMA GUERRA BARROS, EDVALDO JERÔNIMO DA SILVA JUNIOR, IGOR VILELA FAQUINI, NIVALDO SENA DE ALMEIDA, HILDO ROCHA CIRNE DE AZEVEDO FILHO