XIII Congresso Brasileiro de Neurocirurgia Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

Análise da melhora neurofuncional de crianças espásticas portadoras de paralisia cerebral submetidas a rizotomia dorsal seletiva lombar

Objetivo

Analisar parâmetros neurofuncionais quantitativos para demonstrar a melhora clínica de crianças espásticas portadoras de paralisia cerebral (PC) submetidas a rizotomia dorsal seletiva lombar (RDS L).

Materiais e Métodos/Casuística

Um total de 28 crianças com PC, avaliadas pela equipe multidisciplinar do Centro Integrado de Reabilitação (CEIR, Tersina-PI), foram submetidas a RDS L, no Hospital Infantil Lucídio Portela (HLP, Teresina-PI), para tratamento da espasticidade, obedecendo o seguinte protocolo: avaliação neurofuncional (pré, intra e no sexto mês pós–operatório), monitorização neurofisiológica intra-operatória, reabilitação física pós cirurgia (protocolo específico) e acompanhamento interdisciplinar (neurocirurgia, neurologia, ortopedia, fisioterapia e terapia ocupacional), através da aplicação de escalas padronizadas (GMFCS, Ashworth Modificada, Goniometria, GMFM, PMAL e MACS).

Resultados

Conforme análise dos dados, a maioria dos pacientes, encontram-se nos níveis funcionais III, IV e V da escala GMFCS, e alguns com deformidades articulares adquiridas, demonstradas pela goniometria sob sedação, refletindo a gravidade de suas alterações motoras e determinando os limites dos objetivos terapêuticos propostos. Mesmo assim, após RDS L, foi observado redução significativa dos valores medidos pela escala de Ashworth Modificada, refletindo no aumento dos domínios A, B e C da escala GMFM.

Discussão e Conclusões

Nos últimos anos houve um aumento exponencial do número de publicações científicas sobre intervenções terapêuticas em crianças espásticas portadoras de PC. Cerca de 70% destas terapias apresentaram pouco resultado clínico efetivo, ou nenhum, sendo eleitos a toxina botulínica, o diazepam e a RDS como os tratamentos mais efetivos para controle da espasticidade. Neste estudo, pode-se observar que houve melhora clínica mensurável pós RDS L , com resultados semelhantes aos publicados em grandes centros internacionais, revelando que o melhor resultado funcional destas crianças está relacionado a utilização harmônica dos recursos oferecidos pela avaliação neurofuncional, monitorização neurofisiológica intra-operatória, reabilitação física e acompanhamento interdisciplinar.

Referências bibliográficas

Palavras Chaves

Paralisia Cerebral, Espasticidade, Intervenções Terapêuticas

Área

Neurocirurgia Pediátrica

Instituições

Centro Integrado de Reabilitação - CEIR - Piauí - Brasil

Autores

Josione Rêgo Ferreira, Lucas Levy Alves de Moraes, Jordano Leite Cavalcante de Macêdo, Leylane Alzeni Mendes Rilzer Lopes, Ana Patrícia de Carvalho Petillo Rodrigues, Leonardo Raphael Santos Rodrigues, Francisco José Alencar