XIII Congresso Brasileiro de Neurocirurgia Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

Abordagens cirúrgicos na região da glândula Pineal: Evolução no tempo.

Objetivo

Descrever as abordagens realizadas nos Tumores da Região Pineal e suas modificações nos últimos trinta anos em nossa instituição.

Materiais e Métodos/Casuística

Foram revisadas retrospectivamente as histórias clínicas, e os registros neurocirúrgicos e oncológicos dos pacientes tratados em nosso serviço; entre janeiro de 1988 e janeiro de 2018.
A análise estatística avaliou as tendências nas abordagens e estas foram comparadas com a literatura mundial atualizada.

Resultados

Foram tratados cirurgicamente 99 pacientes com tumores da região pineal.
A prevalência foi maior no sexo masculino (75% dos pacientes) e a meia de idade de todos eles foi de 9,32 anos (na média de idade). De todos os pacientes morreram 12.
Foram feitas 143 cirugías: 66 microscópicas, 49 endoscopicas e 6 estereotaxicas ,22 pacientes deverão ser reoperados por recidiva tumoral, aplicando-se a neuronavegacao apenas em 6 casos.
Em esta série a partir do ano 2002 se utilizarão estrategicamente procedimentos únicos ou combinados (mais de uma técnica quirúrgica) 49 tercer ventriculostomias (ETV) com biópsia pineal endoscópica e 66 por meio de microscópico: 6 occipital transtentorial lateral (OTT), 49 occipito- parietal transtentorial (OPT), 3 trans caloso posterior interhemisférica (ITCP), 4 supracerebeloso infratentorial (SCIT), e 4 transventricular transcortical (TCTV).
A informação foi analisada em grupos de cinco anos (5 anos cada); aonde o 100% das abordagens convencionais (microscópicas) cai no 18,18% no final da curva, e minimamente invasiva (endoscópica, estereotáxica) exponencialmente montante (81,81%). Apenas 34 pacientes necessitaram de derivação ventrículo-peritoneal e 25% tiveram ETV prévia.
Os diagnósticos anatomopatológicos dos tumores mais comuns foram: pinealoblastoma (31%), germinoma (18,2%), gliomas malignos (4,5%), pineocitomas (4,5%), e outros diversos.

Discussão e Conclusões

A toma de biopsia e / ou a exérese dos tumores pineales foram otimizados através do uso dos corredores cirúrgicas minimamente invasivos, deixando as técnicas mais extensas em desuso. Em controvérsia com outros estudos; As complicações pós-operatórias mostram uma relação estatisticamente significativa com o tipo de técnica e o número de reoperações
Conclusão: os avances neuroquirúrgicos favorecen o diagnóstico e tratamento de tumores da região pineal, diminuindo a abordagem aberta e aumentando exponencialmente a de uso endoscópico.

Referências bibliográficas

1.Abecassis I J, Hanak B, Barber J, Mortazavi M, Ellenbogen RG. ASingle-Institution Experience with Pineal Region Tumors: 50 Tumors Over1Decade.OperativeNeurosurgery.2017 April
2. Shahinian H ,Ra Y.Fully Endoscopic Resection of Pineal Region Tumors.J Neurol Surg , 2013 March
3. Choque-Velasquez J, Colasanti R, Reséndiz Nieves J C, Jahromi B R, Kozyrev D A, Thiarawat P, Hernesniemi J. Supracerebellar Infratentorial Paramedian Approach in Helsinski Neurosurgery: Cornestones of a Safe and Effective Route to the Pineal Región.J WNEU, 2017 June.

Palavras Chaves

Endoscopia, Biópsia Convencional, Região Pineal.

Área

Neurocirurgia Pediátrica

Instituições

Hospital de Pediatria Garrahan - - Argentina

Autores

Beatriz Mantese, Elena María Zemma, Agustín Ruiz Johnson, Joaquín Perez Zabala, Daniela Brenda Renedo, Florencia Carla Ferraro, Sebastian Juan Maria Giovannini, Nelci Zanon