XIII Congresso Brasileiro de Neurocirurgia Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

Tumores cerebrais primários em crianças: 68 casos identificados em 8 anos num hospital de referência

Objetivo

avaliar e representar as principais causas de neoplasias primárias cerebrais na população pediátrica.

Materiais e Métodos/Casuística

foram avaliados um total de 68 casos em 8 anos em hospital de referência em neurocirurgia. Os resultados foram coletados a partir de avaliação dos prontuários das crianças que foram atendidas na referida instituição.

Resultados

o estudo avaliou um total de 68 crianças, sendo 40 do sexo masculino (58,8%) e 28 do sexo feminino (41,2%). Dentre toda a variedade de neoplasias primárias do cérebro, a que teve maior representação foi o astrocitoma pilocítico, com 16 casos avaliados (23,50%). Em seguida, foram relatados 13 casos de meduloblastoma, ficando, portanto, na segunda colocação em representatividade, com 19% dos casos. Os ependimomas foram observados em 7 situações (10%); astrocitomas de baixo grau, em 6 casos (8,8%). Os craniofaringiomas foram identificados em 4 casos (5,88%); os tumores da glândula pineal, junto com gliomas de tronco cerebral tiveram representação de 3 casos cada (4,4%). O papiloma do plexo coroide, astrocitomas de alto grau, meningiomas, Schwanomas e tumores neuroectodérmicos primitivos (PNET) figuraram com 2 casos cada um deles (2,94% cada). Por fim, tumor teratoide rabdoide, carcinoma do plexo coroide, gangliocitoma, hemangioblastoma, neurocitoma e o tumor neuroepitelial desembrioplásico (DNET) foi observado em 1 caso cada um (1,47%).

Discussão e Conclusões

a série de casos representada nesse estudo segue em acordo com a literatura mundial representando como principais tumores cerebrais primários na infância aqueles localizados na fossa posterior do crânio. Contudo, um pouco diferente das literaturas mais recentes, o astrocitoma pilocítico foi mais relatado a despeito do meduloblastoma, que ficou em segunda colocação. Tal qual os principais relatos, o ependimoma obteve a terceira colocação, sendo que as outras neoplasias mais relevantes foram os astrocitomas de baixo grau e os crâniofaringiomas. Os demais tumores tiveram uma relevância menor, mas não devem deixar de ser apresentados como feito acima. Dessa forma, é sempre relevante buscar métodos assertivos de classificação e tratamento dos tumores relatados, uma vez que determinam grande morbimortalidade se não tratados de forma correta e precoce.

Referências bibliográficas

WELLS, E. M.; PACKER, R. J. Pediatric Brain Tumors. CONTINUUM: Lifelong Learning in Neurology, v. 21, n. 2 Neuro-oncology, p. 373–396, abr. 2015.
FULLER, C. E.; JONES, D. T. W.; KIERAN, M. W. New Classification for Central Nervous System Tumors: Implications for Diagnosis and Therapy. American Society of Clinical Oncology Educational Book, v. 37, p. 753–763, 2017.

Palavras Chaves

Neoplasia cerebral; Pediatria; Neurocirurgia.

Área

Neurocirurgia Pediátrica

Instituições

Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes - Paraíba - Brasil

Autores

Amauri Pereira da Silva Filho, Marcos Antonio Lima Júnior, Taianara Sampaio Reis, Keyvid Santos Pereira, Rafaela Alves Souto, Alfredo Daniel de Souza Neto, Vitor Camboim Nobre, Tatiane Bezerra Santos