XIII Congresso Brasileiro de Neurocirurgia Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

Análise do perfil de crianças vítimas de trauma cranioencefálico em uma UPA de Fortaleza no ano de 2018

Objetivo

Reconhecer as características epidemiológicas dos pacientes pediátricos vítimas de trauma cranioencefálico (TCE) atendidos na Unidade de Pronto Atendimento(UPA), para que se estabeleça as principais fragilidades da população pesquisada. Identificar a UPA como instituição importante no manejo do paciente com TCE até o encaminhamento ao hospital de referência, pois foram criadas para atuar como porta de entrada aos serviços de urgência e emergência.

Materiais e Métodos/Casuística

Trata-se de um estudo analítico e transversal. Foram coletados dados em janeiro de 2019 a respeito dos pacientes pediátricos atendidos na emergência da UPA Cristo Redentor em Fortaleza/CE durante 2018. Incluiu-se os pacientes entre 0 e 17 anos, de ambos os sexos.

Resultados

Houve , no ano de 2018, 52 casos de trauma em crianças; em um total de 43 ocorrências de TCE pediátrico. Dessa quantia, 23 pacientes (53,4%) eram do sexo masculino e 20 (47,6%) do feminino. No tocante a idade, a média foi de 3 anos e 11 meses, sendo o valor máximo 11 anos , e o mínimo 1 mês . Em relação ao mecanismo de trauma, os mais prevalentes são: queda da própria altura e queda da cama ou rede, ambas compatíveis a 10 casos cada (23,3%) .Ressalta-se que de 29 crianças menores de 5 anos acometidos com TCE na UPA, 10 caíram da cama ou rede e 6 caíram da própria altura. A respeito da classificação do TCE, 36 (83,7%) dos pacientes foram classificados como leve e 7 (16,3%) como moderado, não houve reconhecimento de TCE grave. O tempo de transferência para o hospital foi de 1 hora e 35 minutos.

Discussão e Conclusões

No contexto do atendimento de emergência pediátrica na UPA , percebe-se a grande prevalência de TCE em comparação com outros casos de trauma,tal afirmação condiz com dados publicados e comprova a importância desse problema no Brasil.Nota-se um predomínio de pacientes do sexo masculino em relação ao feminino, pois as crianças do sexo masculino estão mais propícias a brincadeiras fora do âmbito domiciliar. Têm-se que o TCE é mais prevalente em pacientes mais jovens, com a média de idade inferior a 4 anos, atestando maior suscetibilidade dessa faixa etária ao trauma. Em relação ao mecanismo de trauma, queda é o principal mecanismo de trauma de crianças abaixo de 4 anos. A maioria dos casos foram considerados TCE leves, indo de encontro a literatura pois 74 a 80% dos TCEs pediátricos são classificados como leves. O tempo de transferência condiz com o recomendado.
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Referências bibliográficas

Palavras Chaves

Trauma cranioencefálico, pediatria, UPA

Área

Neurocirurgia Pediátrica

Instituições

UNIVERIDADE DE FORTALEZA - Ceará - Brasil

Autores

Matheus Catunda Aguiar, Ana Carla Brito Nunes, João Arthur Bezerra Fernandes, Karla Rafaelly de Vasconcelos Costa, Tatiane Vieira Carneiro, Tarcylio Esdras de Almeida Rocha