XIII Congresso Brasileiro de Neurocirurgia Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

Protocolo de terapia ocupacional em pacientes submetidos à rizotomia dorsal seletiva

Objetivo

Descrever o protocolo da terapia ocupacional (TO) na rizotomia dorsal seletiva (RDS) aplicada no Centro Integrado de Reabilitação (CEIR – Teresina / Piauí).

Materiais e Métodos/Casuística

O protocolo é composto pelas etapas de avaliação neurofuncional da TO para RDS lombar e cervical na paralisia cerebral (PC), visita hospitalar no 3° dia de pós-operatório (cervical), protocolo de terapia pós-cirúrgico e reavaliação com 6 meses e 1 ano. A avaliação com fins de traçar perfis de funcionalidade dos membros superiores e independência nos auto-cuidados é composta pela anamnese inicial, descrição da criança conforme o Sistema de Classificação da Habilidade Manual, aplicação dos questionários Pedriatric Upper Extremity Activity Log e Pediatric Evaluation Disability Inventory. No terceiro dia de pós-operatório de RDS cervical, os pacientes recebem a visita da TO, com entrega de cartilha ilustrativa de orientações aos cuidadores. Na RDS lombar, o paciente é submetido a 10 atendimentos de uma hora diária, duas vezes semanalmente, durante 5 semanas, enquanto que na RDS cervical, este é submetido a 5 semanas de atendimentos, 5 vezes semanalmente, por uma hora diariamente. Para o bom desempenho da terapia, utiliza-se como métodos o Conceito Neuroevolutivo Bobath, Terapia por Contensão Induzida, Eletroestimulação Funcional (FES) e Integração Sensorial. Inicialmente, prioriza-se o treino para reaprendizagem de atividades motoras antes realizadas e, posteriormente, foca-se no treino de qualidade de movimentos.

Resultados

O protocolo reflete importantes resultados em relação à melhora da qualidade de vida referente aos auto-cuidados e a funcionalidade do paciente submetido à RDS, de acordo com avaliações padronizadas, acompanhamento e visão multidisciplinares sob perspectiva da situação individualizada de cada paciente.

Discussão e Conclusões

A RDS é uma alternativa comprovada de tratamento para pacientes com espasticidade. Conforme dados na literatura, quando se pretende avaliar a efetividade das intervenções terapêuticas ocupacionais junto à criança com PC, é fundamental a utilização de avaliações padronizadas e validadas que permitam traçar um diagnóstico funcional e mensurar a efetividade das intervenções adotadas. Desta forma, mostra-se relevante a aplicação do protocolo de reabilitação em TO, focados nas particularidades dos pacientes submetidos a RDS, multidisciplinaridade, avaliações validadas e protocolo de atendimentos.

Referências bibliográficas

Palavras Chaves

Espasticidade, Funcionalidade, Terapia Ocupacional

Área

Neurocirurgia Pediátrica

Instituições

Centro Integrado de Reabilitação - CEIR - Piauí - Brasil

Autores

Jordano Leite Cavalcante de Macêdo, Lucas Levy Alves de Moraes, Maria Clara Luz Ferreira, Josione Rêgo Ferreira, Leylane Alzeni Mendes Rilzer Lopes, Ana Patrícia de Carvalho Petillo Rodrigues, Leonardo Raphael Santos Rodrigues, Francisco José Alencar