XIII Congresso Brasileiro de Neurocirurgia Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

Comparação entre paciente espástico portador de paralisia cerebral submetido à rizotomia dorsal seletiva lombar utilizando como controle seu irmão gêmeo univitelino sadio

Objetivo

Comparar um paciente portador de paralisia cerebral submetido à RDS lombar (RDS L) para tratamento de espasticidade utilizando como controle seu irmão gêmeo univitelino sadio.

Materiais e Métodos/Casuística

Comparou-se dois irmãos gêmeos, sexo masculino, 6 anos e 9 meses de idade, um deles portador de paralisia cerebral espástica. Utilizou-se escalas de quantificação funcional (GMFCS, GMFM, MACS, PMAL e Ashworth Modificado), análise biomecânica da marcha e estudo de eletromiografia de superfície (EMG) no paciente espástico, caracterizando funcionalmente o seu quadro motor. Fez-se a RDS L com monitorização neurofisiológica e avaliação fisioterapêutica intraoperatórias (seccionou-se, bilateralmente, 50% das radículas em L1, L3, L4 e S2 e 75% em L2, L5 e S1) e a avaliação neurofuncional no pós-operatório. No gêmeo sadio (controle), foram realizados os mesmos testes.

Resultados

Pré-operatório: GMFCS III, GMFM total 65,54%, MACS I e PMAL com escala de frequência 4,34 e de qualidade 4,38. Ashoworth Modificado: grau 1 em flexores de quadris e joelhos, dorsiflexores e inversores de tornozelos; 1+ em extensores de joelhos; 2 em adutores de quadris; 3 em flexores plantares. EMG: adutor magno 12,62 e 8,88µV; vasto lateral 8,90 e 9,50µV; semitendinoso 6,23 e 8,75µV; tibial anterior 9,56 e 11,69µV e gastrocnêmio medial 16,99 e 21,40µV, direito e esquerdo, respectivamente. Pós-operatório: GMFCS III, GMFM total 68,44%, MACS I e PMAL com escala de frequência 4,54 e de qualidade 4,52; Ashoworth grau 0 em todos os grupos musculares. EMG: adutor magno 7,01 e 4,61µV; vasto lateral 4,70 e 4,9µV; semitendinoso 4,03 e 7,76µV; tibial anterior 6,65 e 5,57µV e gastrocnêmio medial 9,05 e 7,36µV. No controle, o Ashoworth foi zero para todos os grupos musculares e na EMG obteve-se: adutor magno 2,97 e 2,68µV; vasto lateral 4,70 e 4,40µV; semitendinoso 3,51 e 3,51µV; tibial anterior 5,00 e 5,52µV e gastrocnêmio medial 4,61 e 5,18µV.

Discussão e Conclusões

A RDS L foi eficaz na redução da espasticidade, com relaxamento muscular para grau zero (Ashworth Modificado), bem como redução dos dados eletromiográficos no pós-operatório no paciente espástico, obtendo-se valores semelhantes ao seu controle. A RDS L aliada avaliação neurofuncional utilizando um paciente controle mostraram-se eficazes na monitorização, redução e controle da espasticidade em paciente portador de paralisia cerebral.

Referências bibliográficas

Palavras Chaves

Espasticidade, Eletromiografia de superfície, Avaliação Multidisciplinar

Área

Neurocirurgia Pediátrica

Instituições

Centro Integrado de Reabilitação - CEIR - Piauí - Brasil

Autores

Leonardo Raphael Santos Rodrigues, Maria Clara Luz Ferreira, Lucas Levy Alves de Moraes, Jordano Leite Cavalcante de Macêdo, Josione Rêgo Ferreira, Leylane Alzeni Mendes Rilzer Lopes, Ana Patrícia de Carvalho Petillo Rodrigues, Francisco José Alencar