68º Congresso Brasileiro de Coloproctologia

Dados do Trabalho


Título

NEOPLASIA DE RETO E ABORDAGEM TERAPEUTICA COM USO DE BIOMARCADORES.

Objetivo(s)

Relatar a necessidade de inovação tecnológica no que diz respeito aos biomarcadores para terapêutica do câncer colorretal

Descrição do caso

: N.T.S, 67 anos, masculino, refere diarreia e evacuação de muco claro há 8 meses. Relata aumento de flatulências, dor ao evacuar e tenesmo, associado há evacuação noturna (cerca de 4 vezes). Nega hematoquezia. Diabético de base e tabagista 88 maços/ano. Nega história familiar de CCR. Fez tomografia de abdome e pelve que se evidencio espessamento parietal irregular no reto médio/superior, associado a múltiplas linfonodomegalias com realce heterogêneo pelo contraste; múltiplos implantes secundários hepáticos e litíase renal bilateral. Colonoscopia até o reto a cerca de 10 cm da borda anal, com lesão endurecida, ulcero-vegetante, infiltrativa, circunferencial e obstrutiva. Ocupando 90% da luz do órgão, cuja biópsia evidenciou adenocarcinoma moderadamente diferenciado.
Tendo em vista o descrito tem-se o diagnóstico de adenocarcinoma de reto médio metastático e estadiamento clinico provável T3N1M1a. Optado por incluir na investigação a pesquisa de biomarcadores moleculares. Neste estudo não foram detectadas mutações nos códons 12, 13 e 61 do gene KRAS; ausência de mutações p.Gin61Arg, p.Gin61Lys e p.Gin61Leu no códon 61 e ausência de mutações p.Gin12Cys e p.gin12Asp no códon 12 do gene NRAS.

Discussão e Conclusão(ões)

Biomarcadores moleculares têm um futuro promissor no diagnóstico, prognóstico e desenvolvimento de terapia personalizada para CCR metastático. A necessidade de identificar diferentes biomarcadores está aumentando rapidamente, pois outras mutações podem oferecer possibilidade de intervenção terapêutica com novos medicamentos direcionados. Apenas cerca de metade dos pacientes com metástase se beneficiam da terapia anti-EGFR, e isso é parcialmente baseado na presença da mutação KRAS, que confere resistência à terapia anti-EGFR. Portanto, precisamos de mais biomarcadores preditivos para prever a resposta à terapia biológica, visando individualizar o tratamento, em particular para a terapia biológica.
Em nosso estudo observamos que, embora a análise dos marcadores não tenha demonstrado mutações, o paciente em questão se beneficiou visto que elas direcionam, de forma mais precisa, a terapêutica a ser utilizada.

Área

Doenças malignas e pré-malignas dos cólons, reto e ânus

Autores

Rayama Moreira Siqueira, Eduardo Felipe Kim Goto, Isabela Gonçalves Carpanetti, Brunno Augusto José Costa, Juliana Nonose, Ronaldo Nonose, Carlos Augusto Real Martinez