68º Congresso Brasileiro de Coloproctologia

Dados do Trabalho


Título

TRATAMENTO CIRURGICO DE CISTO PILONIDAL – TECNICA PASSO A PASSO

Objetivo(s)

O cisto pilonidal é uma condição que afeta geralmente pacientes jovens, e influencia significativamente a qualidade de vida. Este vídeo tem por objetivo demonstrar a técnica cirúrgica para tratamento da doença pilonidal, passo a passo.

Descrição da técnica

Paciente de 53 anos, com queixa de abaulamento em região coccígea, com infecções recorrentes, intensa dor local e saída de secreção purulenta. Sem comorbidades ou cirurgias prévias. Ao exame físico observou-se a presença de pequeno abaulamento em região coccígea com três orifícios. Indicada abordagem cirúrgica, o paciente foi posicionado em decúbito ventral sob raquianestesia e sedação. Realizada exploração de trajetos fistulosos com sonda uretral com injeção de água oxigenada, observou-se comunicação entre os orifícios identificados. Prosseguiu-se com a abertura e exploração de trajeto fistuloso com estilete fino, seguida da abertura por planos com bisturi elétrico, até a exposição total do cisto e da sua capsula. Realizada cauterização da base do cisto com bisturi elétrico. Finalizado procedimento com curativo compressivo com rayon vaselinado e gase, de forma a ocupar toda a loja abordada. O paciente apresentou boa evolução pós operatória, sem intercorrências durante a internação. Em retorno ambulatorial apresentava boa evolução da ferida por segunda intenção, sem sinais de infecção ou recidiva.

Discussão e Conclusão(ões)

Embora a doença pilonidal seja frequentemente observada, não há um tratamento padrão determinado. Na escolha do método de tratamento, a experiência do cirurgião, a vontade do paciente e a extensão da doença devem ser avaliados.
Um princípio fundamental do tratamento cirúrgico é a ressecção total da lesão, incluindo suas extensões laterais, até a fáscia sacral.
Conclusão: Embora a doença pareça simples em relação à sua fisiopatologia, seu tratamento pode ser difícil, representando desafios para o cirurgião. Problemas como dificuldade de cicatrização e/ou recorrência da doença são frequentes. Considerando a morbidade determinada pela doença para o paciente, o seguimento próximo, a realização adequada de curativos locais após a cirurgia e a correta orientação do paciente são determinantes para o sucesso terapêutico.

Área

Doenças Anorretais Benignas

Autores

Aline Costa Mendes de Paiva, José Américo Bacchi Hora, Daniel de Paiva Magalhães, Bruno Vinícius Hortences de Mattos, Lucas Faraco Sobrado, Rafael Vaz Pandini, Sérgio Carlos Nahas, Ivan Cecconello