68º Congresso Brasileiro de Coloproctologia

Dados do Trabalho


Título

QUAL O PAPEL DA MEDICINA NUCLEAR NA INVESTIGAÇÃO DA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL?

Objetivo(s)

Avaliar a relação entre quadro clínico de constipação intestinal com a medicina nuclear (cintilografia do transito gástrico com gálio 67).

Método

É um estudo retrospectivo analítico, onde foram selecionados pacientes clinicamente constipados estabelecidos pelos critérios de Roma IV, e que foram submetidos a cintilografia do transito intestinal com marcador Gálio 67 em um hospital terciário no período entre 2007 e 2017. As variáveis analisadas foram: gênero, idade, positividade do exame para constipação (cintilografia), localização e grau da constipação. A localização foi dividida entre inercia colônica e defecação obstruída. O grau da constipação foi subdividido de acordo com a retenção de constraste no cólon e reto, sendo leve menor de 25%, moderado entre 25 e 50%, e acentuado maior eu 50%. Os dados foram analisados no programa Excel.

Resultados

No estudo foram incluídos 157 pacientes, dentre os quais 136 (86,6%) do gênero feminino e 21 (13,3%) do gênero masculino, com média de idade de 47 anos variando entre 15 e 90 anos. Dentre os pacientes, 127 (80,8%) foram classificados como constipados, dos quais, apenas 16 (12,5%) eram masculino. A constipação de grau acentuado apresentou-se em 68 (53,3%) pacientes, seguido do grau moderado com 30,7% dos pacientes e do grau leve com 15,7% dos pacientes. O gênero feminino foi maioria em todos os graus de constipação, sendo responsável por 87,4% dos pacientes constipados e apareceu em todas as faixas etárias. No gênero masculino, a constipação intestinal esteve presente em 76,1% dos pacientes, predominando na faixa etária de 46 – 55 anos, 37,5% dos pacientes, seguida da faixa etária de 56 – 65 anos com 25% dos pacientes. A inércia colônica foi o padrão mais prevalente entre os pacientes constipados em ambos os gêneros com 60,6%. O grau acentuado de constipação foi o mais prevalente (53,3%), havendo uma predominância da inércia colônica em 53,2% dos pacientes.

Conclusão(ões)

Verificou-se uma associação entre medicina nuclear com uso do Galio 67 e os pacientes clinicamente constipados, identificando a região do cólon mais afetada e a intensidade da constipação. Houve prevalência do gênero feminino e conformidade com a faixa etária maior.

Área

Métodos complementares diagnóstico e terapêutica

Autores

Lucas Correia Lins, Manoel Álvaro de Freitas Lins Neto, Martha Alves de Mendonça, Jason Costa Pereita Junior, Luís Henrique Alves Salvador Filho, Sergio Murilo Alves de Andrade, Thales Simões Nobre Pires, Marcos Arnaldo de Almeida Ferreira