68º Congresso Brasileiro de Coloproctologia

Dados do Trabalho


Título

MUCOSECTOMIA ENDOSCOPICA DE LESOES COLORRETAIS GIGANTES: EXPERIENCIA DE UM CENTRO ESPECIALIZADO E SEUS RESULTADOS A CURTO E MEDIO PRAZO

Objetivo(s)

Trabalho tem por objetivo expor a eficácia, resultados e complicações da Mucosectomia Endocópica (EMR) em pólipos colorretais gigantes (>4cm) realizados em centro especializado.

Método

Todas Mucosectomias Endoscópicas realizadas no serviço entre 2014 a 2019 para pólipos gigantes , sésseis ou pediculados, com seguimento entre 3-36 meses com colonoscopia. Foram avaliadas taxas de ressecção em bloco x piecemeal, localização e histologia das lesões, taxas e formas de complicações do procedimento e taxa de recidiva.

Resultados

Total de 25 pólipos gigantes foram ressecados em 25 pacientes, variaram entre 4-7cm. Local mais frequente das lesões foi o Reto (40%), seguido pelo Ceco (20%) e Sigmoide (20%). Todas as lesões foram ressecadas em uma única sessão. A técnica que foi predominantemente utilizado foi ressecção em Piece-meal (88%). Das 25 lesões ressecadas, a maioria teve AP benigno (80%), sendo em sua grande parte Adenoma Tubulo-Viloso (76%). Houve 1 caso (4%) de perfuração intestinal no pós-procedimento precoce, onde a paciente necessitou ser submetida à Hemicolectomia Direita para reparo da lesão. Quanto ao seguimento, observou-se taxa de recidiva total de 52% em 36 meses sendo que 38% (5/13) recidivas já foram diagnosticadas nos primeiros 3 meses do procedimento.

Conclusão(ões)

EMR é um procedimento com eficácia adequada, com baixa taxa de complicações e recidivas. O seguimento precisa ser feito com controle colonoscópico precoce, e avançado a longo prazo, haja vista o risco, ainda que pequeno de desenvolver recidivas após médio período de tempo (36 meses) de EMR, ainda assim, tal procedimento pode ser empregado como terapia única para a maioria das lesões colorretais gigantes. Ainda, diante do exposto é importante frisar que todas as recidivas foram tratadas com uma nova EMR e, não houve a necessidade de de cirurgia de resgate, nem por malignidade nem por impossibilidade de ressecção endoscopica.

Área

Métodos complementares diagnóstico e terapêutica

Autores

Mariana Barbosa Girotto, Adriana Carvalho Santos Nogueira, Maria Luiza de Biasi Alves, Eraldo de Azevedo Coelho Junior, Ingrid Lehmkuhl Rinaldi, Matheus Carpenedo Frare, Milton Mendes Cattini, Andre Antonio Abissamra