68º Congresso Brasileiro de Coloproctologia

Dados do Trabalho


Título

FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A SUBESTENOSE/ESTENOSE EM PACIENTE SUBMETIDOS A ANASTOMOSE COLORRETAL BAIXA E ULTRA-BAIXA EM UM HOSPITAL DE ENSINO DE SAO PAULO - SP

Objetivo(s)

Avaliar fatores de risco encontrados em pacientes submetidos a anastomoses colorretais baixa e ultra-baixa que complicaram com subestenose e estenose no pós-operatório

Método

Estudo descritivo qualitativo através de revisão de prontuários retrospectivamente em pacientes submetidos a cirurgias de grande porte com anastomoses colorretais entre os anos de 2013 e 2017 em um hospital da zona leste de São Paulo – Sp. A análise dos dados foi realizada através do teste de Qui-quadrado e Teste de Fisher por meio do software R , IBM SPSS 25 e Excel 2016.

Resultados

As subestenoses e Estenoses ocorreram em 8 (16%) dos pacientes, dentre eles 62,5% (p=0,043) eram tabagistas e 75% ( p=0,062) foram submetidos a neoadjuvância anteriormente. Dos pacientes que apresentaram esta complicação 25% (p=0,023) necessitaram ser submetidos a procedimentos de dilatação retal com velas ou via colonoscopia com passagem de balão. Além disso, 50% foram submetidos a re-operação por complicações associadas, como abscesso em 25% ou deiscência de anastomose em 50% dos casos de subestenose ou estenose. Entre os 8 pacientes com a complicação avaliada, foi optado em 50% dos casos por ileostomia de proteção, porém nenhum destes realizou reconstrução de transito posteriormente. Não houve significância estatística em alguns fatores estudados como o sexo, tipo de cirurgia, tipo de sutura, altura de anastomose e presença de ileostomia de proteção.

Conclusão(ões)

Pacientes tabagistas e que foram submetidos a neoadjuvância por neoplasia maligna de reto possuem um risco maior de desenvolver estenose ou subestenose no pós-operatório. A estenose/subestenose isoladamente não é um fator de risco para reoperação, mas se associado a outras complicações, passa a ser considerado um fator de risco considerável. Pacientes submetidos a procedimentos com anastomose baixa e, principalmente, ultra-baixas, apresentam alto risco de deiscência de anastomose, na série estudada 8 (16%) destes pacientes apresentaram algum nível de escape anastomotico, com consequente subestenose ou estenose.

Área

Miscelâneas

Autores

MILENA BRAGA SOARES SILVA, WILLAMS GERMANO BEZERRA SEGUNDO, THAIS YOKO FERREIRA KOGA, LEANDRO MARIANO SILVA, ISAAC JOSE FELIPPE CORREA NETO, ANGELO ROSSI SILVA CECCHINI, HUGO HENRIQUES WATTE, LAERCIO ROBLES