68º Congresso Brasileiro de Coloproctologia

Dados do Trabalho


Título

USO DA PROTESE DE DACRON E ADJUVANTES NO TRATAMENTO DO ESTOMA INTESTINAL COMPLICADO: RELATO DE CASO

Objetivo(s)

Relatar o uso da prótese de Dacron e adjuvantes no tratamento de dermatite periestomal ocasionada pela infiltração do efluente intestinal na pele.

Descrição do caso

Mulher de 55 anos com diagnóstico de Adenocarcinoma do cólon sigmoide tratado cirurgicamente (colectomia total com anastomose ileorretal) em 2017. Em maio de 2019 foi diagnosticada recidiva pélvica inoperável e fístula retovaginal. Submetida à confecção de ileostomia com o objetivo de desviar o trânsito intestinal. Foi realizada demarcação pré-operatória do estoma intestinal, entretanto, não foi possível a confecção do estoma no local demarcado e o estoma precisou ser fixado em região de difícil aderência de equipamento coletor devido aos seguintes fatores: estoma plano, abdome com dobras cutâneas, ferida operatória paralela ao estoma, grande quantidade de efluente drenado diariamente (3000ml/dia). Depois de muitas tentativas de adaptação de equipamento coletor sem sucesso, optou-se pelo uso da Prótese de Dacron para canular o efluente para bolsa coletora, que foi suturada à pele periestomal. O uso conjunto de placa protetora para pele periestomal, anel moldável, placa base convexa e cinto para estomas permitiu a cicatrização pele periestomal.

Discussão e Conclusão(ões)

A dermatite periestomal é uma das complicações mais comuns. Decorre da confecção de um estoma intestinal plano, ou seja, que se localiza rente à parede abdominal e ocasiona infiltração do efluente drenado na pele. O Enxerto de Dacron é produzido por técnica de tricotagem de fios de Dacron e impregnada com colágeno bovino. No contexto dos estomas intestinais planos, o fato de ser resistente e flexível possibilita canular o efluente na bolsa coletora. O tratamento da dermatite periestomal feita pelo uso da Prótese de Dacron, pela placa protetora e anel moldável proporcionaram proteção da pele com melhora efetiva da infiltração do efluente, possibilitando aderência do equipamento coletor, com ganhos na qualidade de vida da paciente que recebeu alta hospitalar após adaptação. Inicialmente a troca da bolsa coletora foi realizada uma vez ao dia e posteriormente uma vez a cada dois dias.

Área

Cirurgia Minimamente Invasiva, Novas técnicas cirúrgicas / Avanços Tecnológicos em Cirurgia Colorretal e Pélvicas e Anorretais

Autores

Alexandre Ferrari Amaral, Julia Casimiro Barioni, Isabela Bárbara Souza Amadeu, Tarcísio Júnior Bittencourt Macedo, Marley Ribeiro Feitosa, Rogério Serafim Parra, Omar Féres, José Joaquim Ribeiro da Rocha