Dados do Trabalho
Título
RELATO DE CASO: EVISCERAÇÃO VAGINAL PÓS-HISTERECTOMIA
Objetivo(s)
NESSE TRABALHO, OBJETIVA-SE DESCREVER UM CASO DE EVISCERAÇÃO PELA VAGINA COMPLICADA COM ENCARCERAMENTO E SUBSEQUENTE ESTRANGULAMENTO DE ALÇAS DE INTESTINO DELGADO. TAMBÉM VISA-SE A EMPREENDER REVISÃO SOBRE A TERAPÊUTICA EMPREGADA E OS FATORES DE RISCO RELACIONADOS A ESSA CONDIÇÃO.
Descrição do caso
RELATAMOS O CASO DE UMA PACIENTE DE 72 ANOS COM HISTÓRIA DE DOR ABDOMINAL DE FORTE INTENSIDADE, NÁUSEAS, VÔMITOS E SAÍDA DE ALÇA INTESTINAL PELA VAGINA APÓS TOSSE. PACIENTE APRESENTAVA HISTERECTOMIA ABDOMINAL HÁ 15 ANOS. FOI REALIZADA LAPAROTOMIA EXPLORADORA COM ENTERECTOMIA SEGMENTAR DEVIDO COMPROMETIMENTO VASCULAR DO SEGMENTO DE DELGADO E RAFIA DA CÚPULA VAGINAL. PACIENTE RECEBEU ALTA HOSPITALAR NO 7° PÓS-OPERATÓRIO ESTÁVEL CLINICAMENTE E COM MELHORA COMPLETA DOS SINTOMAS.
Discussão e Conclusão(ões)
O PRIMEIRO CASO DE EVISCERAÇÃO VAGINAL, FOI RELATADO EM 1864 POR HYERMAUX E PODE SER DEFINIDA POR UMA EXTRUSÃO DO CONTEÚDO INTRAPERITONIAL POR UMA SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE DA PAREDE DA VAGINA. A DEISCÊNCIA DA CÚPULA VAGINAL APÓS HISTERECTOMIA TOTAL, SEGUIDA DE EVISCERAÇÃO TRANSVAGINAL É UMA COMPLICAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA BASTANTE MÓRBIDA E RARA COM INCIDÊNCIA VARIÁVEL ENTRE 0,27 A 0,96% (ENTRE AS MAIORES SÉRIES DE CASOS. É SABIDO QUE A INFECÇÃO DA CÚPULA DIAFRAGMÁTICA, TRAUMAS VAGINAIS, TABAGISMO E DISTOPIAS, DENTRE OUTRAS PATOLOGIAS, SÃO FATORES PREDISPONENTES. A OCORRÊNCIA DE TAL PATOLOGIA TEM SIDO DESCRITA EM INTERVALOS DE 3 DIAS ATÉ 30 ANOS APÓS O PROCEDIMENTO CIRÚRGICO. O CASO EM QUESTÃO ILUSTRA ADEQUADAMENTE ESSES FATORES DE RISCO E A CRONOLOGIA JÁ ESTABELECIDA NA LITERATURA. NO QUE DIZ RESPEITO A MEDIDAS TERAPÊUTICAS, ESTAS QUASE QUE UNANIMAMENTE SERÃO CIRÚRGICAS, TENDO EM VISTA O POTENCIAL DE MORBIDADE DESSA CONDIÇÃO.
Área
Doenças do assoalho pélvico / Fisiologia Intestinal e Anorretocólica
Categoria
Relatos de caso
Autores
Vitor Duarte Castro Alves, Yilong Lima Cheng, Tiago César Uchôa Pereira, Bárbara Bianca Linhares Mota