68º Congresso Brasileiro de Coloproctologia

Dados do Trabalho


Título

ADENOCARCINOMA DE COLON METASTATICO INTRALUMINAL EM INTESTINO DELGADO: RELATO DE CASO

Objetivo(s)

Descrever um relato de caso de metástase intraluminal de intestino delgado em paciente tratado por adenocarcinoma de cólon.

Descrição do caso

JLS, masculino, 75 anos, foi submetido a sigmoidectomia à Hartmann na urgência em 2013 por adenocarcinoma de sigmóide (pT3N1aM0), com posterior quimioterapia adjuvante com XELOX. Em 2014 foi submetido a reconstrução de trânsito intestinal. Em julho de 2015, notou-se elevação do CEA (7,7) e captação em PET-CT localizado em fossa ilíaca direita. Nesta época foi submetido à hemicolectomia direita devido adenocarcinoma de ceco – segundo tumor primário (pT3N0M0) e novo esquema de quimioterapia adjuvante. Retornou em consulta em novembro de 2018 com equipe de Coloproctologia, apresentando queixas de dor e distensão abdominal associado a alteração no hábito intestinal (constipação). Na investigação, CEA de 4,2, colonoscopia sem alterações e tomografia abdominal evidenciando distensão de alças de delgado, sem sinais de recidiva tumoral em cólon ou outros achados. Submetido a laparotomia exploradora devido a episódios de suboclusão intestinal por prováveis aderências de cirurgias anteriores. No intraoperatório foram evidenciadas duas lesões palpáveis, endurecidas e constritivas em intestino delgado (íleo), distando 20cm entre as lesões, sendo realizada enterectomia segmentar com anastomose primária. Anatomopatológico da peça: adenocarcinoma de cólon moderadamente diferenciado, sincrônico (pT3N1M0), margens cirúrgicas livres. Paciente segue em acompanhamento e tratamento quimioterápico com Oncologia clínica.

Discussão e Conclusão(ões)

No intestino delgado, os tumores benignos são um pouco mais comuns do que os malignos, e, entre os malignos, os metastáticos são os mais raros. Os tumores podem ser assintomáticos ou apresentarem sintomas de dor abdominal e episódios de oclusão intestinal (sendo a maioria lesões malignas). Exames de laboratório, de imagem e endoscópicos podem ser úteis na propedêutica complementar, mas frequentemente não são definitivos para confirmação da hipótese diagnóstica. O tratamento de escolha é a ressecção do tumor com margens de segurança de pelo menos 5cm, associada à linfadenectomia locorregional.

Área

Doenças malignas e pré-malignas dos cólons, reto e ânus

Autores

Dayanne Alba Chiumento, Thalita Zanes Maio Bandeira, Lucas Ribeiro Campos, Pedro da Silva Júnior, Gabriela Domingues Andrade Ribeiro, Paula Buozzi Tarabay, Gustavo Sevá-Pereira, Joaquim Jose Oliveira-Filho