Dados do Trabalho
Título
DISSECÇAO LINFONODAL LATERAL DA PELVE ROBOTICA
Objetivo(s)
Demonstrar a técnica de dissecção linfonodal lateral da pelve por via robótica e os benefícios dessa via de acesso.
Descrição da técnica
Trata-se de um caso de amputação abdominoperineal do reto em paciente do sexo feminino com linfonodos laterais aumentados na cadeira ilíaca interna esquerda. Após o tempo abdominal do procedimento realizado totalmente por via robótica com a plataforma Da Vinci Xi é realizada a dissecção linfonodal lateral esquerda da pelve com o alvo na pelve e os trocartes nas mesmas posições utilizadas para dissecção do reto.
A padronização da técnica é inicia-se com a liberação ao longo dos limites laterais do espaço pélvico lateral, ao longo dos vasos ilíacos externos e da margem medial do músculo psoas maior desde o cruzamento destes com o ureter até o ligamento inguinal. Posteriormente, é realizada a dissecção da parede medial, mantendo o ureter aderido ao peritônio parietal pélvico que deve permanecer íntegro. Inicia-se a linfadenectomia desde o vértice do espaço pélvico lateral e ao longo dos vasos ilíacos internos até a identificação do músculo obturatório e o nervo obturatório, que marcam o assoalho da área de dissecção. Por fim, é procedida o término da dissecção ao longo do espaço paravesical e a fossa obturatória.
Discussão e Conclusão(ões)
Discussão: Pacientes com neoplasias de reto localmente avançadas e linfonodos em cadeias pélvicas laterais suspeitos para acometimento neoplásico (aspecto heterogêneo ou diâmetro maior que 7mm) devem ser submetidos a neoadjuvância seguida da excisão total do mesorreto e dissecção linfonodal lateral seletiva do lado acometido. A realização dessa operação por via minimamente invasiva favorece a recuperação pós-operatória acelerada, porém pode ser desafiadora em função da área de dissecção compreender estruturas vasculares e nervosas que devem ser preservadas.
Conclusão: A dissecção linfonodal lateral da pelve por via robótica é factível e o uso dessa plataforma favorece a dissecção delicada na pelve, facilitando a realização do procedimento.
Área
Cirurgia Minimamente Invasiva, Novas técnicas cirúrgicas / Avanços Tecnológicos em Cirurgia Colorretal e Pélvicas e Anorretais
Categoria
Estudo clínico não randomizado
Autores
Renato Gomes Campanati, Ana Carolina Parussolo André, Bernardo Hanan, Rodrigo Gomes da Silva