Dados do Trabalho
Título
EXISTE ATRASO NO DIAGNOSTICO DE PACIENTES COM ENDOMETRIOSE? ESTUDO TRANSVERSAL SOBRE O TEMPO DECORRENTE ENTRE O INICIO DOS SINTOMAS E O DIAGNOSTICO DA DOENÇA.
Objetivo(s)
apresentar o tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico de endometriose em pacientes submetidos a ressecção cirúrgica em serviço de ginecologia e coloproctologia em hospital de referência da região Nordeste entre janeiro de 2018 e julho de 2019.
Método
estudo retrospectivo com revisão de prontuários de 90 pacientes acompanhadas no serviço de ginecologia e coloproctologia por cirurgia de ressecção de focos de endometriose, elaboração de planilha e análise de dados através do sotware GraphPad Prism®.
Resultados
a amostra foi composta por 90 pacientes. A idade de início dos sintomas teve média de 28,5 anos ± 9,35 anos (11-51a) e idade ao atendimento ambulatorial teve média de 34,3 anos ± 7,13 anos (20-54a). 73 pacientes (81%) tiveram início dos sintomas com idade menor ou igual a 35 anos. O tempo médio entre o início dos sintomas e o primeiro atendimento ambulatorial foi de 5,86 anos ± 5,48 anos (0-25a). Do total de pacientes, 41 (45%) tiveram intervalo entre o início dos sintomas e o atendimento ambulatorial maior ou igual a 5 anos e 18 pacientes (20%) tiveram atraso maior ou igual a 10 anos.
Conclusão(ões)
a endometriose é uma doença ginecológica caracterizada pelo desenvolvimento de estroma e glândulas endometriais fora da cavidade uterina, acometendo mulheres em idade fértil, com incidência de 5 a 15% durante o período. Neste estudo, demonstramos uma média de intervalo entre o início dos sintomas e o atendimento ambulatorial menor que a média em outros estudos. A importância do diagnóstico precoce é justificada pela possibilidade de tratamento mais cedo e recuperação das pacientes, com redução dos quadros álgicos e possibilidade curativa para quadros como infertilidade, presente em aproximadamente 50% das pacientes com idade jovem. Em conclusão, no serviço especializado em endometriose do Ceará o tempo entre o início da sintomatologia clínica da doença e o diagnóstico, seguido do tratamento, foi menor quando comparado a outros estudos e casuísticas, porém ainda é longo,em torno de 5 anos, possibilitando a progressão da doença para estágios mais graves. É necessária maior conscientização dos profissionais de saúde para os sintomas e o diagnóstico precoce.
Área
Cirurgia Minimamente Invasiva, Novas técnicas cirúrgicas / Avanços Tecnológicos em Cirurgia Colorretal e Pélvicas e Anorretais
Categoria
Pesquisa básica
Autores
Kathiane Lustosa Augusto, Lara Burlamaqui Veras, Emanuela Santos Correia, Carlos Eduardo Lopes Soares, Eugênio Alves Rolim