68º Congresso Brasileiro de Coloproctologia

Dados do Trabalho


Título

PERSISTENCIA DE SINTOMAS APOS CIRURGIA EM PACIENTES COM ENDOMETRIOSE EM UM SERVIÇO DE REFERENCIA

Objetivo(s)

Apresentar a prevalência da persistência de sintomas relacionados à endometriose em uma casuística de pacientes submetidas à ressecção cirúrgica em serviço de Ginecologia e Coloproctologia em hospital de referência da região Nordeste entre janeiro de 2018 e julho de 2019

Método

Estudo retrospectivo com revisão de prontuários de 90 pacientes acompanhadas no serviço de Ginecologia e Coloproctologia por cirurgia de ressecção de focos de endometriose, elaboração de planilha e análise de dados através do software GraphPad Prism®.

Resultados

A coorte foi composta por 90 pacientes com média de idade ao diagnóstico de 34,3 anos ± 7,13 anos (20-54a). No pré-operatório, as queixas mais comuns foram dor pélvica e em abdome inferior (83%), seguido de dispareunia (40%), dismenorréia (39%) e infertilidade (22%). Após a cirurgia, 50% dos pacientes evoluíram sem sintomas. O principal sintoma que persistiu após os procedimentos foi a dor pélvica ou abdominal que se manteve em 21 pacientes (23,3%). De acordo com a Escala Visual Analógica, a dor se manteve com uma média de 1,99 ± 2,62 (0-8) com uma média de redução da dor de 6,27±3,17 (0-10) (p-valor<0,0001). Constipação e tenesmo foram relatados em 9 pacientes (10%) cada, respectivamente. Dispareunia foi relatada em 5 pacientes (5,6%), sangramento transvaginal em 4 (4,4%), disquezia em 3 (3,3%) , dismenorréia e infertilidade em 2 (2,2%), respectivamente. A taxa de recidiva foi de 7% (6 pacientes), sendo reabordados cirurgicamente pela equipe. Duas pacientes tiveram gestação após a cirurgia.

Conclusão(ões)

Segundo a literatura, as mulheres submetidas ao tratamento cirúrgico alcançam redução de até 80% dos sintomas e aumentam sua taxa de fertilidade. Esse estudo demonstrou que pelo menos 50% das pacientes evoluíram sem sintomatologia no pós-operatório e, dentre as principais queixas neste período, a persistência da dor pélvica ou abdominal foi a principal, mas em um nível de dor reduzido ao inicial, seguida de queixas do hábito intestinal, tais como tenesmo e constipação.

Área

Cirurgia Minimamente Invasiva, Novas técnicas cirúrgicas / Avanços Tecnológicos em Cirurgia Colorretal e Pélvicas e Anorretais

Autores

Lara Burlamaqui Veras, Emanuela Santos Correia, Kathiane Lustosa Augusto, Eugênio Alves Rolim, Carlos Eduardo Lopes Soares