Dados do Trabalho
Título
Intervenção neurocirúrgica no tratamento de epilepsia refratária focal infantil
Objetivo
Mostrar através dessa revisão sistêmica, que em casos de epilepsia refratária focal infantil, a neurocirurgia está sendo muito utilizada e eficaz no controle das crises epiléticas.
Materiais e Métodos/Casuística
Foi consultada a base de dados Scielo, Pubmed, Medline e Lilacs com os descritores epilepsy children, refractory epilepsy e control of t seizures. Foram usados como filtro de restrição artigos publicados a partir de 2002 e junto ao primeiro descritor, Brasil e Revista de Pediatria e no terceiro, Brasil e Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology.
Resultados
O que mais dificulta o tratamento da epilepsia infantil, são seus diferentes tipos que pela pluralidade de etiologias, manifestam distintos prejuízos nos pacientes, tendo inicialmente a intervenção farmacológica². A ineficiência desses fármacos no controle das crises epiléticas, efetiva o quadro de epilepsia refratária na criança³. Diante desse panorama, a neurocirurgia se torna necessária em casos de epilepsia refratária focal, sendo que os pacientes pediátricos (mesmo com a existência de altos riscos cirúrgicos) possuem melhores resultados no pós-operatório, devido o cérebro infantil estar em desenvolvimento². Aliado a isso, é notório uma melhora no espectro cognitivo e comportamental infantil, ressaltando a melhor aprendizagem, a maior sociabilidade, o aumento do QI e outros¹. Entrevistas pós-operatórias mostram que cerca de 67% das crianças melhoraram seu desempenho social, 24% mantém seu desempenho e 9% pioraram². A partir disso, a neurocirurgia se mostra eficaz e crescente na escolha do tratamento epilético refratário focal infantil¹.
Discussão e Conclusões
Com o diagnóstico da epilepsia refratária focal em crianças, a neurocirurgia se torna uma boa opção de tratamento. Essa intervenção se mostra como uma importante técnica terapêutica, reduzindo transtornos cognitivos e sociais, o que colabora para uma melhor qualidade de vida do paciente.
Referências bibliográficas
1. Souza-Oliveira C, Escosi-Rosset S, Funayama SS, Terra VC, Machado HR, Sakamoto AC. Intellectual functioning in pediatric patients with epilepsy: a comparison of medically controlled, medically uncontrolled and surgically controlled children. J Pediatr (Rio J) [Internet]. 2010;85(5):377–83. Disponível em: http://jped.com.br/conteudo/Ing_resumo.asp?varArtigo=2120&cod=&idSecao=1
2. Costa J. Tratamento cirúrgico das epilepsias na criança Surgical treatment of epilepsies in children. 2002;78:28–39.
3. Alvarenga KG de, Garcia GC, Ulhôa AC, Oliveira AJ, Mendes MFSG, Cesarini IM, et al. Epilepsia refratária: a experiência do Núcleo Avançado de Tratamento das Epilepsias do Hospital Felício Rocho (NATE) no período de março de 2003 a dezembro de 2006. J Epilepsy Clin Neurophysiol [Internet]. 2007;13(2):71–4. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-26492007000200006&lng=pt&tlng=pt
Palavras Chaves
Criança, Epilepsia e Neurocirurgia.
Área
Neurocirurgia Pediátrica
Instituições
Universidade Federal do Acre - Acre - Brasil
Autores
Lucas Oliveira Braga, Bruna Alves Rocha, Kássia Lays Prado de Araújo, Bruna Cruz Beyruth Borges