XIII Congresso Brasileiro de Neurocirurgia Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

Intervenção neurocirúrgica no tratamento de epilepsia refratária focal infantil

Objetivo

Mostrar através dessa revisão sistêmica, que em casos de epilepsia refratária focal infantil, a neurocirurgia está sendo muito utilizada e eficaz no controle das crises epiléticas.

Materiais e Métodos/Casuística

Foi consultada a base de dados Scielo, Pubmed, Medline e Lilacs com os descritores epilepsy children, refractory epilepsy e control of t seizures. Foram usados como filtro de restrição artigos publicados a partir de 2002 e junto ao primeiro descritor, Brasil e Revista de Pediatria e no terceiro, Brasil e Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology.

Resultados

O que mais dificulta o tratamento da epilepsia infantil, são seus diferentes tipos que pela pluralidade de etiologias, manifestam distintos prejuízos nos pacientes, tendo inicialmente a intervenção farmacológica². A ineficiência desses fármacos no controle das crises epiléticas, efetiva o quadro de epilepsia refratária na criança³. Diante desse panorama, a neurocirurgia se torna necessária em casos de epilepsia refratária focal, sendo que os pacientes pediátricos (mesmo com a existência de altos riscos cirúrgicos) possuem melhores resultados no pós-operatório, devido o cérebro infantil estar em desenvolvimento². Aliado a isso, é notório uma melhora no espectro cognitivo e comportamental infantil, ressaltando a melhor aprendizagem, a maior sociabilidade, o aumento do QI e outros¹. Entrevistas pós-operatórias mostram que cerca de 67% das crianças melhoraram seu desempenho social, 24% mantém seu desempenho e 9% pioraram². A partir disso, a neurocirurgia se mostra eficaz e crescente na escolha do tratamento epilético refratário focal infantil¹.

Discussão e Conclusões

Com o diagnóstico da epilepsia refratária focal em crianças, a neurocirurgia se torna uma boa opção de tratamento. Essa intervenção se mostra como uma importante técnica terapêutica, reduzindo transtornos cognitivos e sociais, o que colabora para uma melhor qualidade de vida do paciente.

Referências bibliográficas

1. Souza-Oliveira C, Escosi-Rosset S, Funayama SS, Terra VC, Machado HR, Sakamoto AC. Intellectual functioning in pediatric patients with epilepsy: a comparison of medically controlled, medically uncontrolled and surgically controlled children. J Pediatr (Rio J) [Internet]. 2010;85(5):377–83. Disponível em: http://jped.com.br/conteudo/Ing_resumo.asp?varArtigo=2120&cod=&idSecao=1
2. Costa J. Tratamento cirúrgico das epilepsias na criança Surgical treatment of epilepsies in children. 2002;78:28–39.
3. Alvarenga KG de, Garcia GC, Ulhôa AC, Oliveira AJ, Mendes MFSG, Cesarini IM, et al. Epilepsia refratária: a experiência do Núcleo Avançado de Tratamento das Epilepsias do Hospital Felício Rocho (NATE) no período de março de 2003 a dezembro de 2006. J Epilepsy Clin Neurophysiol [Internet]. 2007;13(2):71–4. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-26492007000200006&lng=pt&tlng=pt

Palavras Chaves

Criança, Epilepsia e Neurocirurgia.

Área

Neurocirurgia Pediátrica

Instituições

Universidade Federal do Acre - Acre - Brasil

Autores

Lucas Oliveira Braga, Bruna Alves Rocha, Kássia Lays Prado de Araújo, Bruna Cruz Beyruth Borges