XIII Congresso Brasileiro de Neurocirurgia Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

Rizotomia dorsal seletiva cervical como promotora da melhora neurofuncional em crianças espásticas portadoras de paralisia cerebral

Objetivo

Analisar os parâmetros neurofuncionais quantitativos, visando demonstrar a melhora clínica de crianças espásticas com paralisia cerebral (PC), submetidas a rizotomia dorsal seletiva cervical (RDS C).

Materiais e Métodos/Casuística

No período de outubro de 2017 a novembro de 2018, 5 crianças com PC, avaliadas pela equipe multidisciplinar do Centro Integrado de Reabilitação (CEIR, Tersina-PI), foram submetidas a RDS C, no Hospital Infantil Lucídio Portela (HLP, Teresina-PI), para tratamento da espasticidade, obedecendo o seguinte protocolo: avaliação neurofuncional (pré, intra e no sexto mês pós–operatório), monitorização neurofisiológica intra-operatória, reabilitação física pós cirurgia (protocolo específico) e acompanhamento interdisciplinar (neurocirurgia, neurologia, ortopedia, fisioterapia e terapia ocupacional), através da aplicação de escalas padronizadas (GMFCS, Ashworth Modificada, Goniometria, GMFM, PMAL e MACS).

Resultados

De acordo com a análise dos dados, a maioria dos pacientes, encontram-se nos níveis funcionais IV e V das escalas GMFCS e MACS, onde alguns apresentam deformidades articulares adquiridas, certificadas pela goniometria sob sedação, refletindo a gravidade de suas alterações motoras e determinado os limites dos objetivos terapêuticos propostos. Contudo, após a RDS C, constatou-se a redução significativa dos valores medidos pela escala de Ashworth Modificada, o que corrobora com o aumento do escore na escala PMAL e nos domínios A, B e C da escala GMFM.

Discussão e Conclusões

Grande número de publicações científicas tem confirmado a eficácia da RDS C para tratamento da espasticidade em crianças portadoras de PC. Neste estudo, constatou-se melhora clínica mensurável pós RDS C, em um protocolo que incluía avaliação neurofuncional pré, intra e pós-operatória e o uso da monitorização neurofisiológica intra-operatória, sendo alcançado 80% de secção das raízes dorsais comprometidas, cabe ressaltar que não houve achados de alterações sensitivas significativas ou persistentes no pós cirurgia.

Referências bibliográficas

Palavras Chaves

Paralisia Cerebral, Espasticidade, Rizotomia Dorsal Seletiva.

Área

Neurocirurgia Pediátrica

Instituições

Centro Integrado de Reabilitação - CEIR - Piauí - Brasil

Autores

Francisco José Alencar, Lucas Levy Alves de Moraes, Jordano Leite Cavalcante de Macêdo, Josione Rêgo Ferreira, Leylane Alzeni Mendes Rilzer Lopes, Ana Patrícia de Carvalho Petillo Rodrigues, Leonardo Raphael Santos Rodrigues