XIII Congresso Brasileiro de Neurocirurgia Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

Modalidades Terapêuticas No Tratamento Das Crises Epilépticas Neonatais

Objetivo

Objetivamente, este estudo visa investigar as modalidades terapêuticas no tratamento das crises epilépticas neonatais.

Materiais e Métodos/Casuística

A metodologia utilizada foi uma revisão de literatura através das bases de dados MEDLINE, LILACS e SCIELO. Foram localizados 344 arquivos através da utilizaçâo dos filtros de temporalidade referentes aos anos de 2008 a 2018, idioma português e inglês, textos disponíveis na íntegra e pesquisas em humanos, com isso, foram escolhidos 5 arquivos para a produção do presente estudo.

Resultados

O tratamento direcionado a causa da convulsão é crítico uma vez que pode prevenir lesão cerebral futura, particularmente para convulsões associadas a distúrbios metabólicos e infecções. As convulsões podem não ser controladas efetivamente se as causas não são identificadas. Além do tratamento etiológico, sempre que possível, devemos estabelecer o tratamento sintomático. Anticonvulsivantes são usados a menos que as convulsões cessem rapidamente após a correção dos distúrbios reversíveis como hipoglicemia, hipocalcemia, hipomagnesemia, hiponatremia ou hipernatremia. A droga mais utilizada no período neonatal é o fenobarbital. A dose usual de ataque é de 20 mg/kg/dia por via endovenosa, podendo-se aumentá-la parceladamente, com doses de 5 mg/kg, até o máximo de 30 mg/kg em crises refratárias. Se as convulsões são persistentes, a terapia de manutenção é iniciada cerca de 24 h mais tarde, na dose de 1,5 a 2 mg/kg a cada 12 h, e aumentada para 2,5 mg/kg a cada 2 h, tendo-se por base a clínica ou o EEG ou os níveis séricos dos medicamentos. A fenitoína é a segunda droga mais usada em crises neonatais e parece ter a mesma eficácia que o fenobarbital. Os benzodiazepínicos também são usados, especialmente quando as crises são refratárias ao tratamento de primeira linha.

Discussão e Conclusões

A identificação precoce das crises epilépticas no período neonatal bem como dos fatores de risco associados permite o desenvolvimento de estratégias com impacto na vida e sobrevida desses pacientes. O objetivo do tratamento é o controle das crises epilépticas. Em torno de 50% dos pacientes tem remissão das crises com o uso da primeira droga antiepiléptica e em baixas doses. Medidas como a reanimação adequada na sala de parto, os cuidados nas primeiras horas de vida, a inclusão de neuropediatras nas equipes multiprofissionais e a implementação de melhorias na qualidade no atendimento às gestantes podem modificar o curso da doença.

Referências bibliográficas

Palavras Chaves

Epilepsia congênita, tratamento, medicamentos.

Área

Áreas Afins

Instituições

FACULDADE SANTA MARIA - Paraíba - Brasil

Autores

AYLI MICAELLY DA SILVA, AYANA CARTAXO FORMIGA, AYSLANE PATRÍCIA NASCIMENTO DE MACEDO, MARIANE ESTEVÃO DE SOUSA LIMA TEIXEIRA, ANNA CHRISTINA SIQUEIRA MARQUES, RÍZIA FERREIRA IVO CAVALCANTE, ALMI SOARES CAVALCANTE, CLÁUDIO MATIAS BARROS JÚNIOR, THAISE DE ABREU BRASILEIRO SARMENTO, MARIA GISLAINE MAYANE VIEIRA, LEYDE JÉNIFER DIAS UCHÔA, GEIZA FERNANDA FILGUEIRA ALCINDO, ROGÉRIO ALVES DE SANTANA, JAQUELINE FERNANDES RIBEIRO, JOSEFA MAYARA DE FIGUEIREDO ANDRADE, DIEGO DA SILVA BEZERRA, ÍTALA MARIA ROSENDO DA SILVA, AIRTON GABRIEL SANTOS GRANGEIRO MIRÔ