XIII Congresso Brasileiro de Neurocirurgia Pediátrica

Dados do Trabalho


Título

Protocolo de fisioterapia neurofuncional em pacientes submetidos à rizotomia dorsal seletiva lombar

Objetivo

Descrever o protocolo de fisioterapia neurofuncional na rizotomia dorsal seletiva lombar (RDS L) aplicada no Centro Integrado de Reabilitação (CEIR-Teresina/PI).

Materiais e Métodos/Casuística

Inicialmente é realizada avaliação pré-operatória através das escalas GMFCS, Gross Motor Function Measure (GMFM) e a Escala de Ashworth Modificada. Seguida da análise biomecânica do movimento e/ou marcha e realização da eletromiografia de superfície de membros inferiores (MMII). Durante a cirurgia de RDS L, aplica-se a escala ashworth modificada com o paciente em vigília, após a anestesia geral, repete-se a mesma e realização da goniometria dos MMII. Durante o ato cirúrgico, avalia-se através da palpação muscular, a resposta comportamental dos grupos musculares estimulados, sendo utilizada para a diferenciação anatômica de raízes motoras e sensitivas e no auxílio da graduação das radículas hiperativas, fornecendo ao cirurgião parâmetro clínico-funcional na sua tomada de decisões. A partir do 2º dia de pós-operatório, realiza-se visita ao paciente para orientar seus cuidadores quanto ao seu deslocamento, uso de órteses, cuidados básicos, alongamentos e documentações audiovisuais. No sexto dia, inicia-se os atendimentos de fisioterapia ambulatorial. Durante a primeira semana, realiza-se o treino para reaprendizado de atividades motoras antes realizadas, como rolar, arrastar, engatinhar, ficar de pé e em 4 apoios (para pacientes GMFCS Níveis I, II e III), assim como rolar e arrastar (IV e V), e uso de parapódio diário. Na segunda semana, realiza-se a neuroestimulação funcional com feedback bioelétrico, associada ao exercício ativo ou ativo assistido e à função, pilates, treino em esteira com e/ou sem suporte parcial de peso e treino de qualidade de movimentos. Concluído o protocolo, segue acompanhamento em reabilitação, realizado três vezes semanalmente.

Resultados

Observa-se a importância de um protocolo avaliativo definido e estruturado em todas as etapas do procedimento cirúrgico, bem como, a individualização das condutas de atendimento de acordo com cada nível funcional do paciente.

Discussão e Conclusões

A RDS L se consolida como uma alternativa eficaz de tratamento por reduzir a espasticidade, e quando combinado com a reabilitação neurofuncional multidisciplinar, destaca-se os ganhos funcionais. Logo, o desenvolvimento do protocolo de fisioterapia neurofuncional pré, intra e pós RDS projeta relevância no pós-operatório.

Referências bibliográficas

Palavras Chaves

Espasticidade, Funcionalidade, Fisioterapia

Área

Neurocirurgia Pediátrica

Instituições

Centro Integrado de Reabilitação - CEIR - Piauí - Brasil

Autores

Leonardo Raphael Santos Rodrigues, Ana Patrícia de Carvalho Petillo Rodrigues, Leylane Alzeni Mendes Rilzer Lopes, Lucas Levy Alves de Moraes, Jordano Leite Cavalcante de Macêdo, Josione Rêgo Ferreira, Francisco José Alencar